O incentivador Gibi Bartz
Empresário do agronegócio fala de sua trajetória profissional e das conquistas obtidas ao lado da família

Empresário do agronegócio fala de sua trajetória profissional e das conquistas obtidas ao lado da família
Wagner Bartz, 37 anos, vem de uma família de produtores rurais que conseguiu tudo o que tem através de muito trabalho. O neto do casal Benjamim Alberto Bartz, conhecido por Albertinho e Helena Hilda Augusta Hübner, que começaram a vida junto dos filhos na localidade de Embira, 5º distrito de Camaquã, plantando alimentos e criando animais para a sobrevivência, se considera um sonhador e um incentivador das coisas boas que acontecem ao seu redor.
📱 Clique para receber notícias de graça pelo WhatsApp.
O camaquense nascido em 11 de abril de 1987 é o quarto filho dos produtores rurais Leopoldo Bartz e Dilza Janke. O apelido Gibi, como é popularmente conhecido, foi dado pelo pai, antes mesmo dele ter nascido, e a inspiração veio de um personagem interpretado pelo ator Fernando Almeida, da novela Livre Para Voar, da Rede Globo. “Meu irmão lembra até hoje que estava aguardando com amigos o meu nascimento no hospital, e o pai abriu a porta e gritou – Nasceu o Gibi”. Leopoldo gostava tanto do nome Gibi que tentou registrar o filho com esse nome, mas não conseguiu junto ao cartório.
Junto dos irmãos Marcos (Negão), Márcia e Andréia, Gibi cresceu vendo o pai se dedicando diariamente juntos dos tios Rodolfo, Adolfo e Hugo no cultivo do arroz na região da várzea de Camaquã. E tudo começou com o arrendamento de cerca de 60 quadras de terras da fazenda Canjica, entre as décadas de 1960 e 1970. Em 1983, Leopoldo conseguiu adquirir uma colônia de terras de cerca de 20 hectares, na localidade de Banhado do Colégio, na troca por um caminhão, e tudo começou a melhorar na vida da família. No ano do nascimento de Gibi, o pai já tinha adquirido cerca de 60 hectares de terras produtivas.
O começo de Gibi na agricultura
Gibi começou na agricultura com 15 anos de idade. Ele acompanhava o pai e o irmão na lavoura nos finais de semana, mas quando iniciava a colheita, o momento mais esperado por todos, não conseguia estar presente no trabalho da família, pois era justamente o começo das aulas na escola, deixando-o muito chateado. Foi aí que decidiu abandonar os estudos após concluir o ensino fundamental e focar de vez na sua vocação. O trabalho na terra.
“O amor pela terra veio do meu avô e do meu pai. Tá no sangue. Não me vejo fazendo outra coisa na vida. É a minha vocação. E o cultivo do arroz é a menina dos olhos”, afirma.
Ao lado do irmão Marcos, Gibi passou a produzir arroz, soja e criar gado. Eles focaram na aquisição de terras, juntamente com o pai. Quando tinha 20 anos de idade, os pais de Gibi decidiram se separar. Na época a separação foi muito frustrante para a família. Porém, os irmãos não deixaram de almejar seus objetivos e adquirir benfeitorias, até o momento. Gibi também e muito agradecido pelos exemplos de seu pai e a total dedicação de sua mãe na sua criação e postura educacional até os dia de hoje.
Atualmente, somam-se ao empreendimento familiar quase 5.000 hectares de terras distribuídas em diversas propriedades localizadas em Camaquã, Arambaré e Cristal, além de imóveis. Eles produzem anualmente cerca de 1.600 hectares de arroz, 1.400 hectares de soja e criam cerca de 2.000 cabeças de gado. E toda a produção é realizada de forma independente. Das máquinas agrícolas, caminhões até os silos de armazenamento de grãos. O empresário do agronegócio conta com cerca de 60 colaboradores diretos e outros 30 profissionais contratados para atuar apenas no período da safra.
“A pegada é cedo”
Como Gibi mesmo fala, a “pegada é cedo”. O dia do produtor rural começa por volta das 5h da manhã. Evangélico Luterana, Gibi diz que a primeira coisa que faz há cerca de 10 anos é ler a Bíblia Sagrada por cerca de 10 minutos. “Não me considero um religioso. Não frequento assiduamente a igreja, mas tenho esse ritual diário antes de ir para o trabalho. Me faz bem, me fortalece. É bom saber que Deus está comigo. Tudo dá certo. Abre os caminhos”, afirmou.
Família
Gibi é casado com Júlia Gabriela Ribeiro Dias, a Gabi, de 36 anos. Eles se conheceram em um verão em Arambaré. Da relação, nasceu Alice, de 7 anos, Leopoldo, de 6 anos e Bella, de 2 anos. Gibi diz querer mais um filho(a) e destaca o amor e parceria da esposa. “Ela esta sempre ao meu lado. Não acharia ninguém mais perfeita do que ela para estar na minha vida”.
Paixão pelo futebol
Gibi diz que sempre gostou de futebol. Ele se criou próximo a sede da AABB, onde muito jogou partidas de futsal. O seu time do coração é o Grêmio e dessa paixão, surgiu a vontade de ter uma coleção de camisas oficiais. Atualmente, o torcedor tricolor possui cerca de 1.600 camisas catalogadas em um espaço reservado para amigos.
Outra paixão de Gibi é o time do Vélez Camaquã. Através de um convite do amigo Éder, presidente do clube, o empresário decidiu encarar o desafio de elevar a equipe para o patamar profissional. Atualmente, o Vélez disputa a série C do Campeonato Gaúcho de Futsal. “A meta é chegar com o Vélez na série A”, destacou.
Festas para comemorar os bons resultados
Gibi é um apaixonado por festas. Para ele, os momentos de descontração são fundamentais para a continuidade do sucesso obtido do trabalho no campo. Há cinco anos, sempre ao término da safra, o empresário reúne seus colaboradores para confraternizar em grande estilo os resultados positivos. E segundo Gibi, a fama de festeiro foi herdada do avô paterno.
“Meu avô era muito festeiro. Ele gostava de reunir os funcionários, os familiares e os amigos em grandes festas para comemorar o resultado de cada safra. Acho que herdei dele essa vontade de reunir as pessoas e festejar”, afirmou.