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De Camaquã para o Mundo Digital

Empresas nascidas em Camaquã trazem bons exemplos de expansão com o e-commerce


Por Redação Clic Camaquã Publicado 23/11/2021
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As medidas de restrição de circulação e o fechamento das lojas físicas pela pandemia de Covid-19 fizeram com que uma mudança na realidade das vendas e do consumo, que era tendência no Mundo todo, chegasse com tudo no Brasil. Em 2020, treze milhões de brasileiros fizeram sua primeira compra online. Isto representa 6,16% da população do país, que durante a pandemia, se rendeu ao e-commerce. E a prática veio pra ficar. 

Os dados acima foram trazidos pela pesquisa Webshoppers 43, feita pela consultoria Ebit/Nielsen em parceria com o Bexs Banco. No primeiro ano de restrições de circulação, o e-commerce brasileiro cresceu 41% no seu número de consumidores ativos.

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Do físico para o digital

Em Camaquã, o principal exemplo do crescimento e reinvenção pela internet é a PC Informática, fundada em 1998 e que aderiu às vendas online em 2011: “Fomos a primeira Empresa em Camaquã a fazer vendas online. Desde então, fomos aprimorando nosso sistema e processos para que as vendas digitais fluíssem de forma natural”, conta Ênio Waskow Nunes, fundador e sócio proprietário da empresa.

O empresário destacou que com a venda física, apenas alguns municípios mais próximos são atendidos, limitando a área de atuação: “Com as vendas online, temos a vantagem de atender todo o Brasil. Isso aumenta nosso número de clientes e potencial de vendas de forma muito significativa”, ressaltou.

Um levantamento da companhia californiana Freshworks, realizado de forma online entre os dias 23 de março e 7 de abril deste ano, consultou 10,5 mil consumidores de 18 a 75 anos em 10 países. 

Este levantamento aponta que os brasileiros lideraram a troca de compras presenciais pelas online para se protegerem da contaminação. De acordo a pesquisa, 70% dos consultados no Brasil disseram que fizeram a mudança, contra uma média geral de 48% entre os outros nove países.

Do digital para o físico

A prática das vendas online levou à abertura de novas empresas com foco exclusivamente na rede, sem contar nem sequer com uma sede. É o caso da empresa FirePlace, que iniciou a vendas de calefatores, lareiras e fogões a lenha sem ter uma loja física.

O sócio proprietário, Charles Rehbein, destacou que o foco inicial da empresa foi a venda online e após grande aceitação do público, decidiu-se abrir uma loja física em Camaquã: “A loja física veio como um atrativo a mais para nosso cliente”, conta.

O empresário conta que dentre as vantagens da venda online, está o atendimento especializado via telefone, vídeochamada e chat, atendendo clientes de todo o Brasil, com o maior número de informações possíveis sobre o produto e sem que o mesmo precise sair de casa. 

Não é só colocar no ar

Com dois bons exemplos de crescimento via digital, pode parecer simples vender online. Mas com certeza, não é. É preciso garantir a qualidade do produto e a exatidão no que foi prometido para que a propaganda natural entre consumidores seja, de fato, consumada.

O proprietário da FirePlace conta que além de manter o site atualizado, também é necessária a constante atualização dos produtos disponíveis: “Fazemos imagens reais e temos produtos em funcionamento na loja para que o cliente tenha a certeza do que receberá em casa finalizando a compra pelo site”, contou.

Além disso, é preciso se manter competitivo e disputar cada venda com grandes empresas do mercado online. Ênio, proprietário da PC Informática, conta que o principal atrativo da loja é o mix variado de produtos, ampliado a cada dia:

“O cliente pode estudar o produto, ver suas caraterísticas, consultar preços e tudo que for necessário entes de realizar a compra. Por isso, compramos diretamente do fabricante e desta forma, temos preços competitivos com o mercado”, conta Ênio.

A preferência do público

De acordo com levantamento da empresa de medição de performance de marketing digital AppsFlyer, o Brasil foi o país com maior número de instalações de aplicativos de comércio eletrônico desde o início da pandemia. As restrições de isolamento social rapidamente mudaram o método de aquisição de todos os tipos de bens por consumidores de todas as classes sociais. 

O levantamento aponta que 19% dos downloads de apps de e-commerce feitos via Android no mundo todo entre janeiro de 2020 e julho de 2021 aconteceram no Brasil.

Com relação às demais empresas do mesmo segmento que não possuem a venda online, Charles destaca que a principal vantagem é dar ao cliente o poder de comprar o produto desejado em poucos minutos, sem a necessidade de vendedor e em qualquer horário do dia ou da noite. 

“Podemos vender para qualquer localidade via atendimento virtual com a mesma abordagem a um cliente que estiver em nossa loja física”, destaca o fundador da FirePlace.

O fundador da PC Informática também cita a praticidade como uma das vantagens sobre seus concorrentes que vendem apenas em lojas físicas:

“A vantagem é que mesmo clientes regionais, que preferem fazer suas compras a noite ou nos finais de semana, somente podem fazer com quem tem e-commerce. Nossa loja está aberta para vendas 24 horas por dia, 7 dias por semana”, finaliza.

Reflexo no faturamento

Anualmente, a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) realiza o levantamento das 300 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro. Dentre os destaques, o ranking apontou a transformação digital de empresas tradicionais de todos os segmentos, apontando para grande influência positivas à todas aquelas que implantaram ou expandiram as vendas online. 

Das 300 empresas do ranking, 210 possuíam e-commerce no ano passado. Isto representa um aumento de 30% sobre as 162 empresas que já possuíam e-commerce no ano anterior.

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