05 de abril de 2025
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Dois morcegos positivos para raiva são identificados em Tapes

A equipe da Vigilância afirma que já está monitorando a situação e orienta a população a não tocar em morcegos encontrados caídos ou com comportamentos incomuns


Por Kathrein Silva Publicado 01/04/2025
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Foto: biologianet

A Vigilância Sanitária de Tapes confirmou a identificação de dois morcegos positivos para raiva na cidade na última segunda-feira (31). A raiva é uma doença que pode ser transmitida para os humanos e pode ser fatal.

A equipe da Vigilância afirma que já está monitorando a situação e orienta a população a não tocar em morcegos encontrados caídos ou com comportamentos incomuns. Caso algum animal seja avistado nessas condições, a recomendação é entrar em contato imediatamente com o órgão para que a remoção seja feita de forma segura.

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Conforme a prefeitura, a detecção dos casos reforça a importância da vacinação de cães e gatos, além da adoção de medidas preventivas para evitar a transmissão da doença.

Para mais informações ou para relatar a presença de morcegos suspeitos, entre em contato com a Vigilância Sanitária de Tapes através do número (51) 2349-0110 ou do endereço rua Coronel Pacheco, 591.

O Executivo Municipal divulgou um vídeo esclarecendo dúvidas sobre a doença. Confira abaixo:

Raiva

A raiva é uma doença infecciosa viral aguda, que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda com letalidade de aproximadamente 100%. É causada pelo Vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae.

Quais são os sintomas?

Após o período de incubação, surgem os sinais e sintomas clínicos inespecíficos (pródromos) da raiva, que duram em média de 2 a 10 dias. Nesse período, o paciente apresenta:

  • mal-estar geral;
  • pequeno aumento de temperatura;
  • anorexia;
  • cefaleia;
  • náuseas;
  • dor de garganta;
  • entorpecimento;
  • irritabilidade;
  • inquietude;
  • sensação de angústia.

Podem ocorrer linfoadenopatia, hiperestesia e parestesia no trajeto de nervos periféricos, próximos ao local da mordedura, e alterações de comportamento.

Quais são as complicações?

A infecção da raiva progride, surgindo manifestações mais graves e complicadas, como:

  • ansiedade e hiperexcitabilidade crescentes;
  • febre;
  • delírios;
  • espasmos musculares involuntários, generalizados, e/ou convulsões.

Espasmos dos músculos da laringe, faringe e língua ocorrem quando o paciente vê ou tenta ingerir líquido, apresentando sialorreia intensa (“hidrofobia”).

Os espasmos musculares evoluem para um quadro de paralisia, levando a alterações cardiorrespiratórias, retenção urinária e obstipação intestinal. Observa-se, ainda, a presença de disfagia, aerofobia, hiperacusia e fotofobia.

Como é feito o diagnóstico?

A confirmação laboratorial em vida, ou seja, o diagnóstico dos casos de raiva humana, pode ser realizada pelo método de imunofluorescência direta, em impressão de córnea, raspado de mucosa lingual ou por biópsia de pele da região cervical (tecido bulbar de folículos pilosos).

A sensibilidade dessas provas é limitada e, quando negativas, não se pode excluir a possibilidade de infecção. A realização da autópsia é de extrema importância para a confirmação diagnóstica.

Como é feito o tratamento?

A raiva é uma doença quase sempre fatal, para a qual a melhor medida de prevenção é a vacinação pré ou pós exposição. Quando a profilaxia antirrábica não ocorre e a doença se instala, pode-se utilizar um protocolo de tratamento da raiva humana, baseado na indução de coma profundo, uso de antivirais e outros medicamentos específicos.

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