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Brasil monitora surto de vírus respiratório na China

Risco de pandemia é baixo e medida tem caráter preventivo


Por Kathrein Silva Publicado 08/01/2025
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Foto: Getty Images via BBC

Nas últimas semanas, a China registrou um surto de metapneumovírus humano (HMPV) que está sendo acompanhado pelo Ministério da Saúde brasileiro. O Centro de Controle de Doenças da China rebateu os rumores que circulam nas redes sociais sobre hospitais lotados e descartou temores de uma nova pandemia semelhante à da covid-19.

Conforme a pasta, o vírus responde por uma série de infecções respiratórias identificadas no país, sobretudo entre crianças. A nota informa que não há alerta internacional emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas a vigilância epidemiológica brasileira está em constante comunicação com autoridades sanitárias, incluindo da China, para monitorar a situação e trocar informações relevantes.

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A nota completa que, embora o risco de pandemia seja considerado baixo para especialistas, o Ministério da Saúde salienta que é fundamental reforçar as medidas de prevenção e controle de infecções respiratórias.

A pasta voltou a incentivar a vacinação como medida preventiva para infecções respiratórias, incluindo a covid-19 e a gripe ou influenza, sobretudo entre grupos considerados prioritários, como idosos, gestantes, crianças e pessoas com comorbidades.

De acordo com o ministério, as vacinas contra a covid-19 e a influenza continuam sendo eficazes contra formas graves de ambas as doenças, reduzindo o número de hospitalizações e mortes provocadas pelas variantes em circulação.

A nota também incentiva o uso de máscaras faciais por pessoas com sintomas gripais e resfriados, já que a estratégia contribui para diminuir a transmissão de todos os vírus respiratórios, inclusive o metapneumovírus.

HMPV

O HMPV é um vírus respiratório que causa infecções nas vias respiratórias superiores e inferiores. No Brasil, foi identificado pela primeira vez em 2004. Desde então, tem sido monitorado como parte das atividades de vigilância epidemiológica do ministério, que inclui a coleta e análise de dados sobre doenças respiratórias.

O período de incubação estimado varia de 3 a 6 dias, e a duração média da doença depende da gravidade, mas tende a ser semelhante a outras infecções respiratórias virais.

O vírus é transmitido através de contato com as secreções liberadas ao tossir ou espirrar, contato pessoal próximo, como apertos de mão ou toques, ou ao tocar objetos ou superfícies contaminadas e, em seguida, levar as mãos à boca, ao nariz ou aos olhos.

A vigilância do HMPV é feita através do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica (Sivep), com a identificação de casos por meio dos núcleos hospitalares de epidemiologia em serviços de saúde, que monitoram a circulação de diversos patógenos respiratórios no país.

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