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Anvisa emite nota contra propaganda enganosa da “pílula do câncer”

A instituição diz que faltam pesquisas clínicas para sustentar a tese de que o produto tem capacidade para tratar e curar pacientes diagnosticados com câncer, e que consumir produtos não registrados “é extremamente arriscado”


Por Kathrein Silva Publicado 24/07/2024
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Foto: Marcelo Camargo

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou uma nota alertando sobre a substância fosfoetanolamina, conhecida como “pílulas do câncer”, que diz que ao contrário de algumas propagandas enganosas nas rede sociais esta substância não tem ação contra o câncer, nem contra qualquer doença. A nota foi emitida na última terça-feira (23).

A instituição diz que faltam pesquisas clínicas para sustentar a tese de que o produto tem capacidade para tratar e curar pacientes diagnosticados com câncer, e que consumir produtos não registrados “é extremamente arriscado”.

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A nota explica:

Utilizar produtos não registrados pela Anvisa para o tratamento do câncer é extremamente arriscado. Esses produtos podem interferir negativamente nos tratamentos convencionais, além de apresentar riscos de contaminação.

O aviso ainda acrescenta para os pacientes não abandonarem tratamentos médicos estabelecidos para utilizar terapias não autorizadas e de eficácia desconhecida, como é o caso da substância.

Há cerca de 10 anos, a fosfoetanolamina era tratada por muitas pessoas e autoridades públicas como uma opção eficaz para o tratamento e cura do câncer. Na época, ao mesmo tempo que deputados e senadores avançavam com projetos no Congresso que autorizavam o uso da medicação em pacientes com tumores malignos, a Anvisa, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) – ligado ao Ministério da Saúde -, e especialistas alertavam para a necessidade de mais estudos sobre o tema.

A polêmica também estava instaurada na internet, espaço onde a eficácia da Pílula do Câncer também passou a ser amplamente difundida e aceita pelos usuários nas redes sociais. Na nota publicada nesta terça, a Anvisa alertou para o perigo da divulgação de informações falsas nas plataformas digitais.

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