Festejos Farroupilhas de 2023 começam com acendimento da Chama Crioula em Cristal
Ao longo das próximas semanas, cavaleiros levarão o fogo a todas as regiões tradicionalistas do Rio Grande do Sul

Festejos Farroupilhas de 2023 começam com acendimento da Chama Crioula em Cristal. Na manhã deste sábado (19), o símbolo da Semana Farroupilha foi acesa em frente à casa onde viveu o general Bento Gonçalves, líder da Guerra dos Farrapos. A cidade da região da Costa Doce faz parte da 16ª Região Tradicionalista.

Duas mulheres foram homenageadas durante a cerimônia da 74ª Geração e Distribuição da Chama Crioula do Rio Grande do Sul: Ilva Goulart, presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG-RS), e Maria Luiza Benitez, cantora, compositora, radialista e patrona dos Festejos Farroupilhas. O ritual de acendimento da chama inicialmente estava marcado para sexta-feira (18), mas a organização optou por adiar em um dia devido à previsão de temporal.
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As comemorações do primeiro dia de festejos farroupilhas contou com mateadas e apresentação de artistas tradicionalistas, como o Grupo Querência, que subiu ao palco às 20h, fechando a noite.
Ao longo das próximas quatro semanas, a chama será distribuída para as 30 Regiões Tradicionalistas do Estado, que levarão o fogo para todos os 497 municípios gaúchos. Segundo o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG-RS), este ato, que se repete anualmente desde 1947, simboliza a coragem, a união dos povos e o sentimento de pertencimento do gaúcho às tradições. A chama deve chegar a todas as cidades antes do dia 20 de setembro, data máxima do tradicionalismo e momento em que o fogo é extinto.

O trajeto é feito a cavalo, e os cavaleiros chegam a percorrer distâncias que superam 500 quilômetros para chegar a cidades do Noroeste, Norte e da Fronteira Oeste do Estado. Eles avançam em média de 30 a 40 quilômetros por dia e contam com uma equipe de apoio, a qual faz o planejamento da viagem e vai à frente em carros ou caminhões, montando acampamentos e preparando refeições. Se acontecer de a chama dos cavaleiros se apagar no caminho, há um lampião com o fogo dentro dos veículos de apoio, para que ela seja novamente acesa.