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Homem é preso suspeito de adicionar soda cáustica em duas bombonas de água no trabalho

A Polícia Civil foi acionada nesta terça após a segunda funcionária passar mal no ambiente de trabalho


Por Pablo Bierhals Publicado 26/03/2025
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Foto: ILUSTRATIVA/Depositphotos. Homem é preso suspeito de adicionar soda cáustica em duas bombonas de água no trabalho.

O funcionário de uma empresa de Canoas, na Região Metropolitana, foi preso por suspeita de ter adicionado soda cáustica em duas bombonas de água que é consumida pelos colegas de trabalho.

De acordo com o delegado Marco Guns, da 1ª Delegacia de Polícia de Canoas, responsável por investigar o caso, o suspeito teria inclusive perguntado sobre os efeitos da substâncias no organismo.

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“O que acontece se alguém toma isso aqui?”

O delegado relatou ter uma testemunha que afirmou que o suspeito questionou o que acontece se alguém toma soda cáustica. E esse funcionário que foi abordado por ele, segundo o delegado, conhece soda cáustica líquida, e a partir disso ele estranha, pois nunca ninguém havia feito esse tipo de questionamento.

Imagens das câmeras de segurança da empresa, obtidas pela polícia, mostram o homem inserindo um líquido nos bebedouros utilizando uma caneca, no final da tarde de segunda-feira (24). No depoimento à Polícia Civil, ele disse que almejava “pregar uma peça” nos colegas de trabalho e pensou que o material se tratava de sabão líquido.

A versão “não é acreditada pela Polícia Civil”

O deletado também destaca que a versão do suspeito não está fazendo sentido para os investigadores. “Não temos, até o momento, ainda plenamente a motivação de esse autor ter colocado esse produto tão danoso, tão deletério à saúde humana, em água que colegas de trabalho poderiam ter feito uso em maior quantidade”, disse o delegado.

A presença de soda cáustica na água foi identificada em análises feitas na empresa depois que dois funcionários passaram mal. Nenhum deles está hospitalizado. As amostras ainda serão analisadas pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP).

Flagrante

A Polícia Civil foi acionada nesta terça após a segunda funcionária passar mal no ambiente de trabalho. O caso ocorreu na empresa Alsco Uniformes, no bairro industrial. Procurada, a empresa afirmou que não irá se manifestar.

O suspeito, que não teve o nome divulgado, foi preso em flagrante, no local de trabalho, pelo crime de envenenamento de água potável. 

De acordo com o delegado Marco Guns, ele foi encaminhado ao Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp). Se a prisão for homologada, o inquérito deverá ser concluído em 10 dias.

O IGP informou que trabalha da forma “mais célere possível” para analisar as amostras da água que teria sido contaminada, mas não indicou prazo para concluir o trabalho.

A pena prevista para o crime de envenenar agua potável é de 10 a 15 anos de reclusão.

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