Vítima de tentativa de feminicídio segue internada em Porto Alegre e precisará passar por 20 cirurgias plásticas

A mulher está Inconsciente e sedada na maior parte do tempo desde que foi hospitalizada, em razão da gravidade das queimaduras de segundo e terceiro grau. Patrycia se alimenta por meio de sondas e respira através de aparelhos


Por Kathrein Silva Publicado 08/04/2025
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Foto: arquivo pessoal/ divulgação

Patrycia Dutra Mendonça, 34 anos, que teve 25% do corpo queimado em uma tentativa de feminicídio, segue internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), em Porto Alegre. Conforme a família, ela precisará passar por 20 cirurgias plásticas.

A mulher está Inconsciente e sedada na maior parte do tempo desde que foi hospitalizada, em razão da gravidade das queimaduras de segundo e terceiro grau. Patrycia se alimenta por meio de sondas e respira através de aparelhos. Atualmente, ela passa por procedimentos de raspagem e enxerto de pele.

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A família se reveza para poder ver Patrycia durante a uma hora de visitação diária para evitar possíveis infecções e contaminações por bactérias.

No dia 21 de março, a 2ª Delegacia de Polícia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Porto Alegre indiciou o ex-companheiro de Patrycia, de 30 anos, pelo crime de feminicídio tentado. Depois de analisar o caso, o Ministério Público gaúcho (MPRS) ofereceu, na sexta-feira (4), uma denúncia por feminícidio à Justiça.

Caso

O crime ocorreu no dia 7 de março, em uma residência da zona norte de Porto Alegre. O relacionamento de Patrycia já havia chegado ao fim há cerca de um ano quando, segundo a Polícia Civil, ela sofreu uma tentativa de feminicídio por parte do ex-companheiro.

À polícia, o preso, que se relacionou por cerca de quatro anos com a vítima, negou que tenha acontecido crime, justificando que houve um acidente na cozinha da casa. Segundo ele, Patrycia estava manuseando álcool perto do fogão, o que causou fogo e queimaduras na ex-companheira.

A vítima já havia registrado ocorrência contra o autuado anteriormente. Conforme familiares, o relacionamento tinha histórico de ameaças e agressões feitas por ele contra Patrycia. A mãe da vítima afirmou à GZH que no telefone da vítima havia mensagens de ameaças dele ameaçando bater nela até ela ficar em estado vegetativo e que iria picá-la.

O homem possui antecedentes por lesão corporal e ameaça. Ele está recolhido no sistema prisional.