14 de março de 2025

Homem que matou filho de cinco meses é condenado a 25 anos de prisão em Porto Alegre

Conforme denúncia realizada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), o casal cometia reiterados maus-tratos à criança, pois não suportava o choro do bebê, tampouco o ônus de cuidá-lo


Por Kathrein Silva Publicado 14/03/2025
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Foto: Polícia Civil / Divulgação

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) condenou um homem de 21 anos a 25 anos de prisão por pela morte do próprio filho, um bebê de cinco meses, no bairro Restinga, em Porto Alegre. A sentença foi proferida na noite da última quinta-feira (13).

O crime ocorreu em 6 de abril de 2023 e o homem foi preso em julho do mesmo ano. Ele foi condenado por homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e pelo fato dela ser menor de 14 anos. A pena será cumprida inicialmente em regime fechado.

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Conforme denúncia realizada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), o casal cometia reiterados maus-tratos à criança, pois não suportava o choro do bebê, tampouco o ônus de cuidá-lo. Os pais da criança teriam espancado e comprimido o pescoço do bebê até a morte. O laudo de necropsia atestou traumatismos no crânio, pescoço e tórax.

A mãe da criança, que tinha 16 anos na época do crime, já foi julgada e cumpre medida socioeducativa pelo fato infracional.

O homem também foi condenado a um ano e quatro meses por corrupção de menor.

O crime

A investigação da Polícia Civil apontou que a criança, nos meses anteriores à morte, havia sido atendida duas vezes em um hospital, por conta de desmaios. Ainda conforme a polícia, o bebê chegou a ser encaminhado para exames, o que não aconteceu porque a mãe fugiu do hospital com o filho.

Em outro episódio, a criança foi levada ao atendimento hospitalar pelo próprio pai, apresentando diversas lesões pelo corpo. O jovem alegou aos médicos que os ferimentos ocorreram em uma queda do berço.

A criança não resistiu aos ferimentos, e os médicos apontaram na certidão de óbito que havia uma série de lesões na criança, inclusive asfixia e esganadura. O laudo do Instituto-Geral de Perícias (IGP) também apontou que a criança estava com diversas lesões, como traumatismo craniano e perfuração no pulmão.

Em depoimento, o preso confirmou que havia combinado com a mãe de mentir sobre a versão.