Caso Vitória: Amigo de Maicol trabalhava em empresa de produtos de limpeza e vira peça-chave na investigação
Novas informações reveladas no programa Balanço Geral, da Record, apontam conexão entre Cícero, amigo de Maicol, e produtos utilizados para limpar a cena do crime

Novos desdobramentos sobre o caso Vitória vieram à tona nesta segunda-feira (7), durante o programa Balanço Geral, da TV Record. A reportagem destacou o suposto envolvimento indireto de Cícero, amigo de Maicol principal suspeito do assassinato da jovem Vitória, e que, até o momento da prisão, trabalhava em uma empresa de produtos de limpeza pesada.
Cícero chegou a ser conduzido algemado à delegacia de Cajamar durante as investigações iniciais, gerando suspeitas na época de que poderia estar diretamente ligado ao crime. No entanto, a ida dele à delegacia ocorreu após uma briga com Matheus, testemunha que afirmou ter visto Vitória dentro de um ônibus. Ambos foram levados pela GCM para prestar esclarecimentos, e a presença de Cícero na delegacia acabou levantando especulações.
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Conexão com produtos de limpeza
Durante a cobertura, o Balanço Geral revelou que uma informação repassada à polícia trouxe novo foco sobre Cícero: ele trabalhava até então em uma empresa especializada em produtos de limpeza pesada. A ligação entre este fato e a investigação se torna relevante devido a uma das principais suspeitas contra Maicol, a de que ele teria limpado a cena do crime de forma tão eficaz que eliminou completamente vestígios de sangue do carro onde o crime teria ocorrido.
A polícia já havia confirmado que o celular de Maicol continha pesquisas na internet sobre “como limpar uma cena de crime”, com listas de produtos específicos. A possibilidade levantada pela reportagem é que Maicol teria recorrido ao conhecimento ou acesso de Cícero a esses produtos, já que os dois são amigos, como demonstram fotos nas redes sociais.
Supostas ameaças e o “recado” na delegacia
Outro ponto levantado no programa diz respeito à especulação de que Cícero poderia ter ido à delegacia com a missão de entregar um recado a Maicol, que na época já estava preso. Essa possibilidade surgiu após Maicol alegar que teria sofrido tortura psicológica e pressões externas, inclusive com ameaças à sua família, o que o teria levado a mudar versões do seu depoimento prestado durante a madrugada, sob presença de advogados da OAB.
Após sair da delegacia, Cícero alegou publicamente que havia perdido o emprego por ter sido injustamente associado ao crime.
Investigação segue em curso
A nova informação sobre o vínculo de Cícero com a empresa de produtos de limpeza reacende discussões sobre o possível envolvimento indireto de terceiros na tentativa de ocultação de provas. Ainda não há confirmação oficial de que Cícero tenha participado do crime ou da limpeza da cena, mas o cerco parece estar se fechando com a nova linha investigativa.
O caso Vitória segue em investigação sob comando do delegado Fábio, com apoio de equipes da Polícia Civil de Cajamar. A polícia ainda não descartou nenhuma hipótese e busca esclarecer todas as conexões entre os envolvidos.