Pai relata problemas com acessibilidade no Centro de Camaquã
João Luiz tem uma filha com ataxia neuro cerebelar e enfrenta dificuldades para levá-la à consultas
Na manhã desta quarta-feira (16), o senhor João Luiz procurou a a editoria Boca no Trombone para reclamar a respeito da falta de estacionamentos para embarque e desembarque em frente de consultórios médicos e clínicas de Camaquã.
João afirmou ter uma filha de 27 anos com ataxia neuro cerebelar (ATXN3), que é uma doença degenerativa que causa danos no cérebro, nervos e músculos, afetando equilíbrio e coordenação motora.
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Por conta disso, ele tem de levar sua filha para diversas clínicas especializadas na cidade, a fim de fazer sessões de pilates, fisioterapia e fonoaudiologia.
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Segundo João, nenhuma das clínicas e consultórios médicos da cidade dispõe de estacionamentos para embarque e desembarque com tolerância de tempo, o que ocasiona dificuldades para o transporte de pessoas enfermas.
Em razão de sua doença genética, a filha de João não consegue se locomover para fazer as sessões que necessita para ter o mínimo de dignidade e qualidade de vida.
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De acordo com o pai, ele já teve diversos conflitos com agentes de trânsito no município.
Para levar sua filha em algumas de suas sessões, João informou que, por vezes, tem de estacionar em fila dupla para conseguir se deslocar com a mesma.
“Em dias de calor forte, minha filha chegou a chorar para se locomover até a clínica. Ela tem de fazer muita força para andar. Nestes dias, tive de discutir com um agente de trânsito porque estacionei em fila dupla, mas como não vou estacionar se não há estacionamentos de embarque e desembarque na cidade. Também tive de invadir estacionamento de motos.”
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Conforme João, o próprio Código de Trânsito Brasileiro (CTB), exige a colocação de vagas para embarque e desembarque com tolerância de tempo em frente de clínicas e consultórios.
Ele afirma que sua luta não é só por sua filha, mas também por todas as outras pessoas que passam pelos mesmos problemas no município.
“Como é que uma pessoa com problemas motores irá se locomover por mais de uma quadra, uns 50, 100 metros por conta de uma vaga de estacionamento?”, questionou João.
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O pai também informou que contatou o Setor de Trânsito da Prefeitura Municipal de Camaquã, além de diversos vereadores para solicitar estes estacionamentos, mas tampouco obteve ajuda.