Com barragem em 15% de sua capacidade total, Camaquã não corre risco de desabastecimento, garante AUD
AUD garante que não risco de desabastecimento de água no município; período de irrigação das lavouras já encerrou

A Barragem do Arroio Duro está com 15% de sua capacidade total na manhã desta quinta-feira (27). Este é o segundo nível mais baixo desde 2012, mas os gráficos da Associação dos Usuários do Perímetro de Irrigação do Arroio Duro (AUD) incidam que em ao menos sete safras o reservatório já esteve com a cota abaixo da atual nos últimos 30 anos.
De acordo com o gerente de operações da AUD, não há “nenhuma preocupação”. O período de irrigação já encerrou e toda água presente no reservatório é destinada ao abastecimento das residências. “Mesmo que não chova, nós estamos com 10% do túnel aberto para evasão ecológica e captação de água da Corsan e ainda está sobrando água”, afirmou em mensagem para reportagem.
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O nível da barragem é monitorado diariamente e atualmente, com 15% de sua capacidade total, está em 43,79 metros da cota, sendo a máxima 55,88 metros e a mínima 40,28 metros. Os dados que constam no site da AUD confirmam que há autonomia de abastecimento 1.735 dias.
Nos últimos seis dias, segundo Fonseca, o nível baixou apenas 1 centímetro. “Se tem alguma cidade com a condição igual a Camaquã, de autonomia de abastecimento, eu não tenho conhecimento”, enfatiza.
Na safra de 2019/20 o nível esteve ainda mais baixo, conforme consta no gráfico. No entanto, o gerente da AUD enfatiza que naquela oportunidade também não houve risco de desabastecimento.
Imagens registradas no dia 27 de março de 2025:
100% de capacidade em setembro de 2024

Em setembro de 2024 a barragem atingiu 100% de sua capacidade. Leia abaixo a matéria publicada no Clic Camaquã no dia 24 de setembro de 2024, com nota da AUD.
O nível da Barragem do Arroio Duro, em Camaquã, foi atualizado na tarde desta terça-feira (24), às 15h, e é constantemente monitorado pela Associação dos Usuários do Perímetro do Arroio Duro (AUD). No momento, o reservatório está operando em 100% de sua capacidade, na cota de 55,04m, com 16cm abaixo da crista do vertedor e com suas estruturas extravasoras completamente abertas.
Em nota (leia completa abaixo), a AUD informa que até o momento (15h desta terça), o acumulado de chuvas no mês de setembro foi de 214,0 mm, conforme dados meteorológicos registrados na estação situada no Parque da Barragem do Arroio Duro. Ainda assim, segundo o gerente de operações, Everton Fonseca, o evento extremo de precipitação que afeta a região Sul do Estado não altera a estrutura da barragem, que segue funcionando conforme previsto no projeto.
Leia a nota completa da AUD:
Prezados,
Gostaríamos de informar sobre as atuais condições da Barragem do Arroio Duro, localizada no município de Camaquã, sob a gestão da Associação dos Usuários do Perímetro de Irrigação do Arroio Duro (AUD).
De acordo com os dados meteorológicos registrados na estação situada no Parque da Barragem do Arroio Duro, com as coordenadas 30°48’28.25″S e 51°50’2.80″O em Camaquã – RS, até o momento (15h do dia em curso), o acumulado de chuvas no mês de setembro foi de 214,0 mm.
A maior parte desse volume, 166,0 mm, foi registrada entre os dias 20 e 24 de setembro.
Atualmente, a barragem opera com 100% de sua capacidade, estando o nível do reservatório às 15h na cota de 55,04 m. Vale destacar que a cota da crista do vertedor é de 54,88 m em relação ao nível do mar, ou seja, a barragem encontra-se a 16 cm da crista, e com suas estruturas extravasoras completamente abertas.
Apesar do evento extremo de precipitação que afeta a região Sul do Estado, a Barragem do Arroio Duro segue funcionando conforme previsto no projeto, sem apresentar alterações em sua estrutura.
Ressaltamos que, em setembro do ano passado, houve um acumulado total de 498,5 mm, ocasião em que a barragem verteu e continuou em pleno funcionamento.
Por fim, informamos que, em períodos de eventos climáticos extremos, a barragem é monitorada 24 horas por dia, com a equipe técnica da AUD em plantão para qualquer intervenção necessária.
Reiteramos que a situação atual está dentro da normalidade.
ÉVERTON LUÍS FONSECA
Gerente de Operação e Manutenção