Coluna semanal de Nelson Egon Geiger: Mensagem a Garcia

“O modernismo tem exigido eficiência sem questionamento. O livro de que trato se refere a isso contando um fato histórico ocorrido em 1898. O autor não tinha pretensão do sucesso de seu escrito original. Vale a pena se ler a obra que já vendeu 40 milhões de cópias”.
Nesse despretensioso artigo vou me referir a um livro. Como consta no título: “MENSAGEM A GARCIA”. Em verdade se trata de um ensaio; pequeno no volume, mas, grande no direcionamento. Retrata um fato real ocorrido em 1898, durante a guerra “hispano – americana” em Cuba. Conflito que tinha os americanos ao lado do país do Caribe; contrariando a Espanha que, até então, pretendia continuar com Cuba como sua colônia na América Central.
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O autor do livro escrito em 1899 “Elbert Hubbard”, nunca previu que essa obra tivesse a projeção que alcançou. Até o ano 2000 já havia circulado mais de 40 milhões de exemplares. Nos primeiros anos do século XX ele vendeu mais do que a Bíblia. Evidente, depois parou. Hoje nem se encontra em mercados virtuais.
A idéia do autor, quando lançou a obra era demonstrar o que nos dias de hoje é um assunto pertinente à iniciativa privada. Ou seja, a excelência profissional; a capacidade de liderança e de executar as tarefas determinadas pela chefia. E, incrível, isso no exato final do século XIX e início do século XX. Quando nem se falava da importância de buscas pela iniciativa privada do desenvolvimento da execução de suas idéias, suas promoções; seus interesses.
Idéias que já demonstraram que o capitalismo é o único caminho correto para o desenvolvimento mundial. Que as idéia nefastas, espúrias, incompetentes e retrógadas do socialismo com base em Marx, Engels, Lenin, Stalin, Mao e outras mentes atrofiadas e adesistas do comunismo defendem.
Bem, vamos ao livro. Conta uma história real. Ocorrida em 1898, quando a resistência cubana digladiava com a Espanha. O então Presidente dos EEUU, William Mackinley necessitava mandar uma mensagem para o revolucionário cubano Calixto Garcia. Fica aqui um registro: Mackinley foi um dos quatro Presidentes americanos assassinados quando no exercício do mandato. Ele foi assassinado em 1901.
Pois o Presidente citado precisava mandar a mensagem e pediu para um assessor que lhe conseguisse uma pessoa que fosse eficiente, capaz, competente para tanto. Em época que não existia telégrafo para toda parte; não havia telefones. E, claro, nem redes de comunicação de hoje.
O assistente então lhe apresentou o Tte. Andrew Rowan que levaria a mensagem. O Presidente entregou o envelope a Rowan que não perguntou onde e como achava o Garcia. Em quatro dias desembarcou em uma praia de Cuba e se infiltrou nas florestas e, em uma semana o General cubano recebeu a mensagem. Rowan não questionou o assunto, não fez perguntas, preparou-se e cumpriu sua missão com eficiência e rapidez.
Os personagens da narrativa sofreram tragédias na vida: o Presidente Mackinley foi assassinado; o autor do livro Elbert Hubbar e a esposa desapareceram no mar quando estavam no navio Lusitânia e este foi afundado por um submarino alemão em 1915. Somente Rowan morreu de velho em 1943.
Na guerra entre Rússia e Japão, em 1916 o exército russo distribuiu um exemplar para cada soldado seu no “front”. Grandes empresas americanas distribuíram para seus funcionários naquela época. O que se espera hoje é que, no século XXI, emissários saibam levar com eficiência “uma mensagem a Garcia’.
EDIÇÃO de 04 de outubro de 2023.__.