Me apaixonei pelo Japão!

Leia a coluna de Lívia Dalpiaz, dentista e curiosa pelo mundo, mochileira adepta a descobrir o que mais lindo e desafiador existe nos lugares e nas pessoas.

Não costumo ter a pretensão de voltar aos lugares distantes que já fui, sempre penso que o mundo é grande demais e meu intuito é o novo.

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Existem alguns destinos turísticos restauradores, que a gente volta como terapia, mas viagens internacionais demandam mais organização, mais tempo, mais dinheiro. São muitas variáveis.

Entretanto, não sei bem o porquê, o Japão foi diferente.

Só sei que, quando saí de lá, eu continuei a viagem pela Ásia em abril de 2024. Os lugares seguintes continuavam fantásticos, mas havia um aperto do meu peito. Eu estava apaixonada por aquele país!

Segui a viagem com um sentimento melancólico quando pensava: “O Japão é tão longe, provavelmente eu nunca mais volte lá.”

Uma amiga muito especial, sem saber meu sentimento, me disse: “Que engraçado, Lívia, estou te vendo seguir tua viagem agora, mas na minha alma parece que tu volta ao Japão.”

Eu entendi no Japão que eu estava longe de fazer parte de uma maioria, lá eu era completamente diferente do padrão físico. Minha língua (mesmo que o inglês) não servia para muita coisa. A simpatia e a delicadeza se tornavam linguagens universais. Precisei também me desconstruir na alimentação, sabia que teriam os hashis e eu sei manipular, mas não imaginava que não havia faca como talher. A cada labirinto que eu cruzava à noite, mais surpresas de lugares e pessoas. Quase que um formigueiro. Por mais que pensasse que eu sou tecnológica e que busco inovação no meu cotidiano, nada é como o Japão.

Banheiros públicos são pontos turísticos! Não só pela arquitetura inovadora, mas pela mensagem que traz a importância do funcionalismo para deixar os banheiros públicos completamente aptos.

Enfim, me apropriei da fala intuitiva da minha amiga. Japão, voltaremos!